Gravação Microfones

Como funciona uma gravação – Parte 2 – Gravação (Microfones)

Continuando nossa série sobre a gravação de músicas, agora vamos falar sobre o processo de gravação.

Depois da Pré finalizada, podemos ir para o estúdio começar a gravação propriamente dita. Porém, antes de apertarmos o REC, tudo precisa ser preparado.

O que acontece antes do REC?

Cabos, muitos cabos. Canais, muitos canais. Microfones, muitos microfones. Testes, muitos testes.

Para se gravar uma banda completa, são precisos muitos microfones, cabos, canais e testes para termos certeza de que tudo está como deveria.

Tudo procurando um só objetivo: a Flexibilidade.

Quando pensamos em uma música, podemos gravar ela de muitos jeitos. Seja com um Notebook e um microfone, seja em um estúdio com equipamentos caros e salas gigantes. Cada configuração dará um clima, um tom para a gravação.

Muitas vezes o som de bateria de uma música, não funciona para outra. O som de bateria do Rush, não necessariamente funciona para o Led Zeppelin. Ambos são excelentes sons de bateria (e são excelentes bateristas), mas são diferentes, e geram climas diferentes.

A procura pelo som ideal

É comum ouvir histórias de artistas que passam horas, até mesmo dias procurando aquele som, e procurando a forma perfeita de capturar esse som com microfones e outros equipamentos.

Diz a lenda que o Slash passou três dias apenas encontrando seu som de guitarra pro Álbum Appetite for Destruction do GNR. Imagine passar um dia todo apenas tirando o som dos instrumentos. Porém, em muitos casos, isso é necessário.

Afinar todas as peles de uma bateria gigante leva tempo; regular os amplificadores e pedais para tirar o som certo leva tempo; testar vários microfones para encontrar aquele que transparece a verdadeira voz do artista leva tempo.

Mas nem sempre o som “Mega Produzido” é o som certo para aquela música, EP ou Álbum. O Foo Fighters entrou no estúdio para gravar o seu disco One by One, passou quatro meses gravando, gastou 1 milhão de dólares, e não gostou do resultado. Depois regravaram tudo em 2 semanas num estúdio de garagem do Dave Grohl, e é o que conhecemos hoje.

The Devil is in the Details

Existe um ditado que diz que “o diabo está nos detalhes”. Isso pode nos ajudar e nos atrapalhar.

Na hora de gravar uma música, todo detalhe é importante. Vale a pena testar, tentar, procurar alternativas e ouvir tudo com muita atenção nos detalhes.

Mas existe o lado negativo, de nunca se estar satisfeito. Há que existir uma hora em que o resultado é o bastante. Não adianta procurar o som que não existe.

Use o que você tem!

Seria ótimo ter 400 microfones, 20 amplificadores, 8 kits de bateria, 4 salas e 3 mesas de som analógicas para se experimentar. Mas a maioria de nós não temos tudo isso (ainda bem rsrs).

Se você só tem um microfone, e um canal na sua interface, use!

Resumindo

Os detalhes são importantes, muito importantes. Mas nunca deixe que a falta de algum equipamento te pare de fazer boa música.


Veja você como fazemos aqui no estúdio!


Se você quer saber como nós gravamos aqui no Estúdio Trilha Branca, vamos te mandar as fotos com algumas sessões de gravação que tivemos. É só deixar o seu email aqui em baixo.

Na semana que vem, falaremos sobre a outra parte da gravação: O Músico.

Até lá! Muito som!

About the author: Diego Monteiro

Produtor Musical & Baterista. “Gosto de ouvir música boa, gosto de fazer música boa. E quando estou no estúdio, da pra ver lá na frente, quando alguém vai dar o play, e vai mergulhar naquilo que fizemos.”

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